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Desvelando a Ayahuasca



DESVELANDO A AYAHUASCA
Por CACR

Vamos tirar o véu que encobre o uso da ayahuasca.
Primeiramente, o que é ayahuasca ? uma bebida secular e milenar de origem vegetal concebida para fins religioso em quantidade controlada, pela união exclusiva do cipó mariri com a folha da chacrona, ingerida para provocar alteração da consciência, de dentro para fora, do interior para o exterior do individuo, mediante uma disciplina alimentar, física, mental, psíquica, e religiosa, para intuir manifestação divina do ato de sentir o ser superior.
Qualquer vegetal ou substância que for adicionada à união do mariri com chacrona descaracteriza a verdadeira bebida, deixa de ser um chá de ayahuasca.
Eu, Andrero Xamatom, venho bebendo a ayahuasca desde o ano 2005 e posso tranquilamente falar sobre este chá. Conheci dezenas de centros e igrejas que comungam esta bebida dentro e fora de Brasília, em diversos estados do país. De igual modo sempre que convidado ajudo a fazer o feitio, isto é, o processo de produção do chá junto a instituição conhecidas.
Acredito que nenhum crítico oposicionista poderá questionar a minha legitimidade de discorrer sobre este assunto, tanto por eles serem frutos da minha própria experiência, como também das minhas diligentes consultas ao escasso conhecimento químico divulgado nesta década na literatura cientifica sobre a ayahuasca.
Desconheço quem, na história da ayahuasca tenha se iluminado somente com o uso dela. Iluminado no sentido de tornar-se uno com o Criador e assim expressar suas vontades em todos os atos e pensamentos o resto de suas vidas. No rol dos seres ascensionados e de seus auxiliares, não há quem tenha se iluminado somente com o uso da ayahuasca. Se isso ocorreu e não tenha sido deixado nenhum registro, foi por falta de endosso dos seus adeptos ou foi por falta do reconhecimento da população envolvida no meio espiritual. Desta forma, repito que até hoje não houve registro de iluminação de nenhuma pessoa somente com o uso da ayahuasca.
Considerando o uso da ayahuasca e Daime ser secular, até provarem o contrário posso afirmar: o chá composto de chacrona ( Psychotria Viridis ) e mariri (Banisteriopsis Caapi, também conhecido como Jacube, Liana, Yagé, Caapi) por si mesmo não ilumina.
Existe muitos nomes de “mestres” precursores do uso da ayahuasca, mas nenhum deles tonou-se um ser iluminado com o uso exclusivo deste chá, embora tenham divulgado “feixes” de iluminação e de sabedoria universal.
É lógico que a iluminação torna o Ser humano mais desperto e mais consciente da divindade superior. Porém essa iluminação é simplesmente o reflexo (espelho) do Ser divino sobre o próprio ser humano e vice versa. E isso não é temporário, mas o tempo todo enquanto vive o dia a dia. Não é tão passageiro como ocorre nos seres que se encontram na faixa de desenvolvimento intermediário que expressam luz e conhecimento universal.
A ayahuasca permite ao seu usuário tornar-se mais consciente de si mesmo. A observar a si mesmo no viver na luz, perceptivelmente nota-se na sua fisiologia a irradiação de Paz e Alegria. Este chá mostra para o usuário o que ele é de fato. As experiências pelas quais passa o indivíduo sob o efeito do chá faz alusão ao seu próprio mundo interno.
O Chá potencializa os atributos positivos existentes no adepto que o usa. Mas com o tempo o seu uso tende a melhor qualificar esses atributos através de uma transmutação num ritmo proporcional ao merecimento ou a sintonia do usuário.
Os problemas físicos e não físicos que se afloram no individuo quando está sob o efeito da ayahuasca afloram do seu próprio organismo (físico) ou do seu subconsciente. Os indivíduos revelam-se ou desvelam-se sob o efeito do chá. Os indivíduos mostram sua face oculta a si mesmo, e em alguns casos ao sacerdote ou dirigente da sessão.
O Chá aflora aquilo que se tem mais escondido dentro de si mesmo, seja físico, psicológico ou espiritual. Daí a razão pela qual o chá da ayahuasca não alucina o mental da pessoa, mas purga aquilo que existe no subconsciente. Uma vez colocados para fora os problemas do indivíduo, o chá proporciona o início do tratamento dos obstáculos ao equilíbrio mental, psicológico e espiritual.
A ayahuasca é um autotratamento. Há pessoas que não conseguem suportar a verdade aflorada da mente e de seu auto-retrato desvelado na consciência. O medo de ver-se desvelado diante de sua consciência interior também é um grande obstáculo para tomar coragem e beber este vinho das almas revelador.
A experiência vivida negativa de outras pessoas, seja ouvida ou lida, gera a covardia ou medo de não avançar-se nesta experiência. Cada ser humano terá sua própria experiência ao comungar o chá.
A alucinação, se houver será na proporção de 0,2 %, ainda assim é por conta dos emaranhados problemas que o usuário carrega consigo mesmo, muitas vezes a anos, absorvido do mundo externo, são conflitos mal resolvidos. O normal é ocorrer visões ou mirações espirituais dependerá de sua sintonia com o sagrado.
O Chá da ayahuasca promove visões e mirações, mas uma expressão emocional do estado do SENTIR, repito, promove o afloramento do que se tem dentro de si mesmo. O Chá anula o PENSAR.
Alucinação se origina no ego do próprio individuo Daí porque a ayahuasca não foi feita para qualquer pessoa. O pensamento cria imagens que libera emoção acumula energia para materialização. Alucinação ocorre a partir de seus sentidos físicos de fora para dentro causando descontrole racional, físico, psíquico, e mental, que são reações muito pouco provável de acontecer com pessoas sãs que estão em sintonia com o divino, e quando bem orientadas e preparadas previamente.
Divergimos do termo alucinação porque nesses casos a pessoa está parcialmente inconsciente, e na enteogenia tem a consciência plenamente ativa com abertura dos canais da visão ou da sensibilidade às visões e mirações que se apresentam.
A enteogenia ocorre num individuo no sentido de dentro para fora. È um estado mental denominado xamanico de manifestação interior do divino. O SENTIR no lugar do PENSAR.
Informação contida nos estudos químicos sobre a ayahuasca (ANVISA) é que ela possui 0,2% de substância alucinógena. Para ser ter uma ideia deste percentual, o maracujá em certa dose misturada com certos alimentos provoca mais de 2% de alucinação.
Há pessoas predispostas a alucinação e há indivíduos portadores de doenças psiquiátricas, portanto, esse tipo de gente não pode beber ayahuasca sem acompanhamento presencial de um psiquiátrico e num ambiente clínico. Por esta razão nos centros ou nas igrejas, se utilizam de um formulário a ser preenchido pelo usuário a onde ele confessa sob as penas da lei seu estado de saúde livrando a instituição da responsabilidade por estes riscos.
O corpo humano possui uma monoamina oxidase (MAO), que é uma enzima existente no sistema nervoso, fígado, gastrointestinal, e placenta como defensores do organismo. Esta MAO destrói a DMT (demitiltriptamina) que é uma substância contida na chacrona. Todavia, o cipó Caapi misturado com a folha chacrona contém uma substancia que inibe temporariamente a MAO. Daí a chamada borracheira ou burracheira que denomino inibição temporária da mente do efeito bumerangue. A mente objetiva ou seja os cinco sentidos físicos, é temporariamente afastada da mente central e o usuário acessa ao seu subconsciente para viver o estado alterado de consciência. É nesta reação que o indivíduo altera seu estado de consciência mas permanece perfeitamente consciente e acordado. Neste estado, se lhe for indagado qualquer coisa possivelmente ele responderá. O indivíduo sob o efeito as ayahuasca verdadeira (pura) está consciente,
Mas nos casos em que se mistura à ayahuasca outra erva de poder ou uma droga forte, essa tripla combinação potencializa o efeito desse terceiro ingrediente causando consequências gravíssimas, muitas vezes irreversíveis, tendo em vista que suas defesas MAO ficaram vulneráveis dublamente e permanentemente, nesse caso a mente humana não suporta o frágil estado mental – esta é a verdadeira alucinação (o caso Glauco). O Assassino CADU era esquizofrênico, fazia tratamento psiquiátrico, consumiu haxixe antes de beber ayahuasca. Descaracterizou completamente a “bebida da vida” dentro de seu próprio organismo, destruiu a MAO e a alucinação tomou conta do seu ser. Não tinha perfil para comungar o chá numa comunidade, mas poderia em doses controladas e assistidas numa clínica por psiquiátrica.
Se o usuário é um ente que se encontra no caminho da luz, que se prepara e que pratica a evolução espiritual, então, ao beber a ayahuasca, a pessoa vislumbra frequências mentais elevadas, gerando estado de felicidade, paz profunda e harmonia com todos os seres vivos.
Se o usuário é um ente retardatário, atrasado na sua evolução espiritual, ou seja, se é esquizofrênico, desequilibrado, trágico, violento, agressivo, pornográfico, falso, insensível à necessidade de expressar os atributos do Eu Superior, então é provável que possa a vir portar experiências negativas ao beber o chá.
A ayahuasca aplicada como tratamento psiquiátrico devidamente assistida orientada e controlada por um profissional da área médica e psicoterapêutica, em doses homeopáticas, representa um remédio para o corpo físico, podendo desenvolver faculdades espirituais, assim como servir de um instrumento eficaz no caminho divino para o desenvolvimento interior. Há um trabalho maravilhoso aplicado pelo Dr. Wilsom Gonzaga, psiquiatria e psicoterapia, em plena Amazonia brasileira que pode atestar esta verdade.
A ayahuasca não ilumina, mas é um caminho para a iluminação interior. É um veículo de auxílio para a fusão do seu Eu inferior com o seu Eu Superior. O Chá dá subsídios para que o indivíduo acrescente mais valores em sua caminhada na senda da iluminação.
O Chá deve ser bebido com objetivos elevados. As sessões devem ser realizadas de forma temáticas voltadas para o sacramento divino sempre com fins específicos quer seja para cura, expansão da consciência, fraternidade, iluminismo, etc, em todo ritual. Sendo assim, a miração que é um ato de focar ou apontar para um ponto alvo cria a ressonância magnética e vibracional para experiências elevadas de expansão de consciência, de cura, de integração, de absorção de conhecimento durante os trabalhos.
A sessão de ayahuasca é um ritual que deve funcionar como uma Escola Iniciática que orienta o adepto a focar toda sua atenção no Plano Espiritual para que as visões e mirações sejam reveladoras e harmoniosas.
A responsabilidade do êxito do chá é dividida entre o condutor do ritual ou sacerdote (40%) o participante do ritual (60%).
O sacerdote do chá deve conduzir o ritual com muito respeito e amor, deve saber entoar hinos ou canções que embebedam a parte divina de cada um, deve saber invocar as irradiações dos espíritos superiores da natureza, entidades de apoio vibracional e protetoras, e ainda deve saber escolher músicas de acordo com a cultura ambiental dos princípios da igreja, do centro, do grupo . Deve saber oração e ressaltar e convocar os reinos da natureza para estarem presentes no ritual sagrado. Deve saber realizar ciclo invisível de proteção no ambiente para que todos possam obter resultados concretos de elevação de suas respectivas almas.
É um erro atrair pessoas de diferentes níveis grosseiros espirituais e servir o chá sem que lhes dêem um preparo antecipado sobre qual é o melhor comportamento recomendado para a participação do ritual, e principalmente qual é a melhor atitude mental. E logicamente, esclarecer quais são os objetivos daquela sessão ritualística para uma miração eficaz.
A ayahuasca proporciona ao indivíduo uma vivência não somente do que ele é como também do que ele deseja ser. Daí o porquê das experiências ditas boas ou ruins.
Também chamada vinho das almas, a ayahuasca está para servir a todos os seus seguidores, porém nem todos os seres humanos habilitam-se para o uso da ayahuasca. Em outras palavras, o chá não é recomendável indistintamente para todas as pessoas em qualquer ambiente. Portanto, pessoal com problemas psiquiátricos em clínicas, e as demais em grupos, centros, igrejas, ambientes naturais na mata ou floresta. Observação crucial: jamais sozinho.
Tem pessoas que não se dão bem com este chá. Reitero que a ayahuasca não serve para qualquer tipo de pessoa, ainda que sejam saudáveis. Cada pessoa metaboliza a ayahuasca de forma diferente, pois cada organismo segrega e recebe este chá de forma peculiar.
O vômito e a defecação - se acontecerem - como resultado do uso do chá não constituem motivos para seu afastamento. A ayahuasca serve de depurativo e limpeza do organismo, tanto físico quanto espiritual.
A reação mental de passividade e neutralidade diante das suas responsabilidades no mundo, principalmente seu despreparo interior para a evolução do seu próprio ser pode ser um indicador de que esta pessoa não vai se harmonizar com o vegetal, não se encontra preparada para participar de rito sagrado com o chá.
A ayahuasca purifica o indivíduo que está consciente e ativo na senda da evolução de sua espiritualidade.
A ayahuasca parece punir o indivíduo que está em estado retardatário ou intermediário, porém não é bem isto que acontece. O Chá apenas desperta o indivíduo para o seu trabalho interno, respeitando o livre arbítrio daquele que prefere a inatividade do desenvolvimento interior.
A reação após o uso desta bebida é uma sensação de paz com o mundo, alegria, felicidade, maior conhecimento, reconhecimento da fraternidade e irmandade com todos os seres viventes, indistintamente, quer sejam humanos, vegetais, animais ou minerais.
Durante o efeito do chá, o verdadeiro oasqueiro pressente a abertura de sua visão interior assim como sente a ampliação da percepção de quem verdadeiramente é neste universo.
As visões que se lhes apresentam sob o efeito do “vinho das almas” não são alucinógenas, mas enteógenas, são mirações. Visões de lucidez e de conscientização do que existe além da matéria e do cérebro.
É possível experimentar visões que podem ser interpretadas como alucinógenas quando o indivíduo não está imbuído de pureza de propósito ao tomar o chá.
O Chá pode ativar o Ego e levar o usuário a passar por experiências “tenebrosas” quando o indivíduo não estiver compenetrado da importância e seriedade dos trabalhos xamânicos.
É fundamental que o sacerdote dos trabalhos oriente o adepto a manter uma atitude introspectiva de fusão da mente inferior com a mente superior, a fim de que, quando o chá vir a entrar em seu sangue, sua atitude e seu comportamento mental elevem seus pensamentos ao Eu Superior.
A melhor atitude da pessoa quando bebe o chá, é não permitir que o ego aflore. Deixe passar os pensamentos como uma nuvem. A concentração nas notas musicais, nos instrumentos das músicas, a introspecção dos pensamentos, a interiorização da mente, tudo isso com os olhos fechados, constituem um bom comportamento para obter melhor êxito nos trabalhos.
Na origem, aonde se iniciou os trabalhos com a ayahuasca, as músicas tocadas eram abrilhantadas com hinos cujos temas eram voltados aos reinos da natureza no ambientes de seus participantes.
Todavia, com a migração dos costumes da mata para as cidades houve transformações e adaptações das músicas dos rituais para o homem urbano.
Há centros de ahayuasca que tocam músicas que prejudicam a concentração dos indivíduos, levando-os a uma frequência vibratória incompatível com os objetivos primários do chá: expandir a consciência.
A música ajuda os indivíduos a elevarem seus pensamentos e a coaduná-los com a importância da bebida, porém, repito, há músicas que somente atrapalham os trabalhos.
Há momentos durante os trabalhos em que o silêncio é mais salutar do que o tocar de qualquer música.
O Chá abre os chacras (centros psíquicos) da pessoa e permite o desenvolvimento de sua visão espiritual do mundo macrocósmico. Este efeito não é de iluminação, mas colocar o indivíduo no caminho.
A ayahuasca direciona os indivíduos no caminho da iluminação pessoal. O Chá aponta o caminho a seguir no trabalho, mas, somente isso. O uso isolado da ayahuasca por um indivíduo que não tenha compromisso com sua própria evolução é de pouco proveito, é inadequado. O uso do chá tem que ser em um ambiente coletivo, silencioso, propício para a introspecção, melhor se afastado do centro urbano.
A tendência da doutrina é agrupar pessoas afins para formação de uma egrégora harmoniosa e saudável. A constância ou frequência de um certo número e conhecidas pessoas cria uma egrégora ideal para um trabalho em grupo. Mas novas presenças não significa a impossibilidade de se conseguir esta harmonia, vai depender dos egressos.
A alimentação no dia do ritual e no dia antecedente é importantíssima para um melhor aproveitamento dos participantes. Nesse caso, ressalta-se que fazer uma alimentação mais leve é recomendável, torna o efeito do chá mais proveitoso (interferência direta da serotonina). Uma alimentação leve ou vegetariana é a recomendada.
Pessoas que estejam sob medicação de remédios controlados não podem beber ayahuasca. Pessoas usuárias de drogas também estão impedidas parcialmente de tomar o Chá, a não ser que participem em instituições (centros ou clínicas) em que haja a assistência de profissionais da área médica conhecedores dos efeitos da bebida.
A direção de um ritual com o uso de ayahuasca conduzido de maneira responsável perfaz um período total de cinco a seis horas, tempo suficiente para que os participantes saiam da “força e borracheira” do chá e possam fazer um lanche antes de voltarem aos seus lares.
Quando os sete chacras principais do indivíduo estiverem abertos alcança-se o limiar da comunhão da ayahuasca, e o oasqueiro deve necessariamente deixar de ingeri-la. Neste caso , o indivíduo não necessita mais do instrumento de divinização do chá.
Xamatom Andrero – 61 9958-7514 – Ano 2014
Publicado em: http://www.artigonal.com/authors/51387